Quando acordo no meio da noite
E penso na minha amada
Vejo meu ciúme caído
Estuporado no chão.
Quando acordo
E não vejo a minha amada
Calangos invadem a casa
Fabricando desassossego e solidão.
A noite, gin tônica de ontem
Não escolhe quando vai debitar o prejuízo
E nem em qual coração.
A minha amada na noite
Deve dormir?
Deve estar acordada?
Envelheço sempre mais cedo
Antes do café da manhã
E no meio da noite,
Sargaços envolvem a minha amada
Envolvem na bruma e no nylon
Da anágua da madrugada
Querendo rasgar seu sutiã.
Quando acordo na noite
Sem minha amada
É que sei a quantos enganos
Meu coração me condenou.
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