Sexta-feira, 2 de Janeiro de 2009

ABOLERADO

 

 

Quando olho teus olhos arregalados

Não vejo as asas do anjo

Enxergo somente o veneno

De um vampiro amarelo.

 

Teus olhos esbugalhados

Vertem um sangue obsceno

E não vendo as asas do arcanjo

Só vejo o céu assombrado

No último solstício de inverno.

 

Teus olhos sempre injetados

Ardem mais que o fogo do inferno

Quando vejo teus olhos avermelhados

Vacilo se choro ou desespero.

Trazendo a noite sem bocas

Mordendo meu cemitério.

E teus olhos por vezes inchados

Parecem um velho mistério

De amor estranho entre anjos

Ou a dor cruel dos condenados

Teus olhos enregelados

Ateiam fogo nos meus arcanjos

E nos banjos do meu bolero.

 

 

 

 

 

.

publicado por paulokauim às 04:04
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